Já não é a primeira vez que a chuva traz transtornos para a festa de S. Brás nos Montes. Nos últimos anos, apesar de frio, o sol fazia-se sentir e a aldeia enchia-se de gente.
Este ano foi diferente. O temporal que tem assolado o país nas últimas semanas apenas deu tréguas no sábado à noite, tendo o Grupo de Bombos de Carapito feito a habitual deslocação à aldeia dos Montes.
Apenas o frio se juntava à noite.
Os bombos no seu toque habitual fizeram a tradicional volta à aldeia, onde os habitantes locais, muitos deles residentes em Espanha, na zona de Ourense, se deslocam ali apenas nesta data, anualmente.
A recepção ao Grupo de Bombos é habitual. Estes fazem questão de parar no largo central da aldeia, onde são recebidos com bebidas e também alguns doces, ao mesmo tempo que recebem o agradecimento por mais uma visita.
Mais à frente outra família faz parar o Grupo, que toca especialmente para eles, repetindo-se o agradecimento.
O final da noite está guardado para as concertinas e as chouriças, no único café da aldeia, que abre somente para a festa.
Este ano até as concertinas estavam em reduzido número.
No Domingo a chuva já não deu tréguas e ainda que indeciso, o Grupo de Bombos partiu em direcção aos Montes, seguido por alguns carapitenses.
Desta vez não tinham a habitual recepção à entrada da aldeia. Não havia carros, não havia feira, não havia gente. A chuva estava em grande maioria, tendo feito com que a festa praticamente não se tivesse realizado.
No entanto, para que a tradição não se perdesse, o Grupo de Bombos de Carapito, juntamente com alguns carapitenses destemidos, desafiaram a chuva, voltearam a capela do Santo e seguiram em direcção à aldeia. A chuva, essa não parou, mas os carapitenses também não recuaram e ainda que não tivesse havido festa, fizeram questão de marcar presença.
Fica o desejo de que no próximo ano o tempo seja outro, para que a alegria e as gentes voltem à esta festa tão tradicional.
muito interessante terem criado uma página para o vosso jornal, assim chegam sem duvida a todos, quer aos carapitenses espalhados pelo mundo fora, quer a pessoas que tal como eu conhecem e gostam muito da vossa terra