Faleceu este sábado em Lisboa, por volta das 07h25 da manhã, Pedro Sobral, presidente da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL). Era filho do Dr. Jorge Sobral.
Pedro Sobral foi atropelado quando circulava de bicicleta na zona de Belém, junto à Cordoaria Nacional.
O condutor pôs-se em fuga, mas a acabou por se entregar às autoridades horas mais tarde. A PSP revelou que Pedro Sobral ainda foi assistido no local, mas acabou por não resistir aos ferimentos e o óbito foi declarado no local.
A ministra da Cultura, numa nota enviada às redações, diz-se “ainda chocada” com a “inesperada morte” do presidente da APEL. “Pedro Sobral será lembrado pelo seu percurso dedicado aos livros e à importância dos hábitos de leitura no nosso país“, acrescentou. O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, expressa “choque” e “profundo agradecimento“. “Foi com grande choque que o Presidente da República tomou conhecimento do falecimento de Pedro Sobral, esta manhã em Lisboa, em condições trágicas“, lê-se na publicação.
A APEL disse que “o Pedro foi um incansável defensor do livro e da leitura, deixando na APEL um legado de paixão e de compromisso para com o setor editorial em Portugal, bem como uma visão de futuro e de otimismo. Continuaremos a honrar o seu legado, trabalhando em prol do desenvolvimento do setor e da valorização da leitura e do livro em Portugal“.
Pedro Sobral tinha 51 anos e foi vice-presidente da APEL até 2021, ano em que foi nomeado presidente. Era licenciado em Economia e em Ciência Política pela Universidade Católica de Lisboa, tendo frequentado o Programa de Gestão Geral na Harvard Business School, nos Estados Unidos.
Com um percurso inicial na área financeira e de consultoria, foi nomeado, em 2004, diretor de Marketing e Vendas no Grupo Almedina. Em 2008, entrou no Grupo LEYA, como diretor de Marketing e Conteúdo Digital, mais tarde como coordenador da Divisão Editorial e, por fim, administrador das Edições Gerais do grupo.