Missas só a partir de Maio, mas com menos fiéis e com máscara

Bispos começam esta terça-feira a preparar o processo de levantamento de restrições às celebrações religiosas, que terá que ser concertado com a Direcção Geral da Saúde.

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No encontro realizado ontem entre o primeiro-ministro e o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), D. Manuel Clemente, foi discutido o levantamento das restrições às celebrações religiosas,que ainda vai demorar e terá que ser feito em articulação com as autoridades sanitárias.

Esta terça-feira, os bispos começam a preparar uma estratégia conjunta, que depois poderá ter adaptações em cada diocese tendo em conta as respectivas particularidades.

Quem decide sobre as limitações às celebrações religiosas?

Neste momento vigoram o decreto presidencial sobre o estado de emergência e o decreto do Governo que determina a proibição da “realização de celebrações de cariz religioso e de outros eventos de culto que impliquem uma aglomeração de pessoas”.

Passado o estado de emergência, serão os bispos a apontar como deve ser feito o levantamento das restrições.

Quando é que as missas podem voltar a ter fiéis?

Em princípio, a partir de Maio, mas com limitações. A data está ainda dependente de como correr o resto do mês de Abril no que diz respeito ao controlo da pandemia.

Quais são as possíveis limitações?

Devem ser as limitações a que também vão estar sujeitas outras ocasiões da vida social, como o uso de máscaras e a limitação do número de pessoas por metro quadrado dentro das igrejas, assim como a separação de um metro ou dois entre cada pessoa. Também não deverá haver o chamado “abraço da paz” e a comunhão na mão.

E a catequese?

A Igreja, quando suspendeu a catequese presencial, seguiu as indicações que foram dadas para as escolas, algo que deverá manter-se para as crianças e adolescentes até ao 10.º ano.

Várias paróquias e dioceses organizaram-se para fazer catequese por meios digitais e, esta semana, o secretariado nacional de educação cristã começou a disponibilizar sessões de catequese no seu canal no Youtube.

Que cerimónias vão continuar suspensas?

Todas as que implicarem maior aglomeração e circulação de pessoas, como procissões, festas de catequese e casamentos. Em relação a casamentos e baptizados devem manter-se as recomendações em curso: adiar sempre que possível, quando não é possível adiar, deve ter uma presença limitada de pessoas. Também devem continuar suspensas as peregrinações, como o 13 de Maio em Fátima, que decorrerá sem peregrinos, como já anunciou o cardeal António Marto.

E em relação aos funerais, também haverá levantamento de restrições?

Os decretos do estado de emergência também impõem limitações nos funerais, que são definidas pelas autarquias, no que diz respeito ao número de pessoas presentes. No encontro com D. Manuel Clemente, António Costa salientou que “não há limitações às celebrações religiosas”, no que diz respeito às exéquias, no caso em que a família pretende acompanhamento religioso. Quanto às limitações civis, “devem ser aplicadas com o bom senso próprio do momento, sempre muito doloroso para todas as famílias e para qualquer pessoa”.

A Igreja tem mantido o acompanhamento religioso dos funerais, com a recomendação de que, sempre que possível, a celebração das exéquias decorra no cemitério e não na igreja ou em capelas mortuárias.

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